Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de “A História de uma Serva”, intitulada “The Testaments”, livro-sensação do outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.
A história de “The Testaments” é narrada por três personagens femininas e passa-se 15 anos após a cena final de Offred, a protagonista do primeiro livro, o momento em que a porta da 'van' preta bate e a personagem está prestes a ser levada para um futuro incerto ou de liberdade, ou de mais tortura e prisão, ou até mesmo de morte.
Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal).
Já Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, foi escolhida pelo livro “Girl, Woman, Other”.
Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres.
O livro com que venceu o Booker Prize conta a história de 12 personagens dos séculos XX e XXI, a maior parte das quais são mulheres negras a viver no Reino Unido.
Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 01 de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2019.
Em 2018, o Booker foi atribuído a "Milkman", da escritora irlandesa Anna Burns.
Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.
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