"Serão multadas da mesma forma quando se proíbe o cinto de segurança. E parece-me que a polícia vá conseguir fazer cumprir essa medida muito bem", disse Le Pen à rádio RTL.
A candidata presidencial do Agrupamento Nacional (RN), partido herdeiro da Frente Nacional, assegurou que "os islamitas usaram o véu nos últimos 20 anos como uniforme e como sinal de consolidação" da suas ideias.
Le Pen, que não proibiria o uso da kipá judaica em público, ameaça uma vitória perante o presidente centrista, Emmanuel Macron, na votação de 24 de abril, de acordo com as sondagens, que apontam os dois como vencedores da primeira volta este domingo.
Em janeiro de 2021, Le Pen apresentou o seu plano para combater as "ideologias islâmicas", que na sua opinião são "totalitárias" e estão "em todo o lado". A sua proposta é apagá-las da esfera pública, como acontece com o véu.
"Não se trata de atacar a liberdade de consciência", disse então o deputado Jean-Paul Garraud, que Le Pen nomearia ministro da Justiça se for eleita. Para este ex-magistrado, o objetivo é "proibir externamente qualquer forma de expressão pública de opiniões que, por si só, constituam uma grave perturbação da ordem pública", como já acontece "com o nazismo".
A França, um país laico, proibiu o uso de sinais religiosos visíveis, como véus, nas escolas desde 2004, e os funcionários públicos estão sujeitos ao princípio da "neutralidade".
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