A Praça Guilherme Pinto, assim designada por deliberação do executivo municipal de 12 de janeiro de 2017, nasce num espaço delimitado pelas ruas Sousa Aroso, D. João e Brito e Cunha, sendo rematada a sul pela Broadway, explica a autarquia, do distrito do Porto, em comunicado.
Desenhada pela arquiteta municipal Luísa Valente, a praça integra o “Memorial às operárias e operários da indústria conserveira”, um conjunto escultórico de grandes dimensões desenhado pelo escultor Ruy Anahory, refere.
A obra de arte é constituída por um cardume de grandes peixes metálicos e pela homenagem às operárias e aos operários conserveiros, incluindo, no extremo sul, um elemento evocativo de uma chaminé, representando a fábrica onde o peixe era transformado, mas também as latas das conservas.
O piso da praça complementa o memorial, evocando as 54 empresas conserveiras que existiram em Matosinhos e que, durante décadas, dominaram a paisagem de Matosinhos-Sul, contribuindo decisivamente para a economia local e nacional, em estreita relação com o Porto de Leixões, que chegou a ser o maior porto sardinheiro do mundo, salienta a câmara.
A unir os peixes há também um desenho em forma de rede, que pretende precisamente evocar as redes da pesca.
Imaginada por Guilherme Pinto, que morreu há dois anos, como parte de um plano que prevê a construção de uma praça em cada uma das freguesias de Matosinhos, dotando-as de espaços conviviais e facilitadores do exercício da cidadania, a nova área representa um investimento de cerca de 890 mil euros, cofinanciado pelo FEDER através do programa comunitário Portugal2020/Norte 2020.
Por esse motivo, no local estará inscrita a frase do ex-autarca “Esta é a grande praça que Matosinhos nunca teve e que, doravante, poderá ser um local privilegiado para o exercício da cidadania”.
Depois da inauguração, marcada para as 11:00 de sábado, o historiador Joel Cleto fará uma visita guiada pelas 21:30 para recordar a memória da indústria conserveira em Matosinhos.
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