O líder da extrema direita italiana desapareceu dos holofotes públicos desde que foi deposto como ministro.
O Senado votou em fevereiro o levantamento da imunidade parlamentar de Matteo Salvini, abrindo caminho para um possível julgamento sob acusações de rapto e abuso de poder.
O navio Gregoretti ficou preso no mar durante dias em julho de 2019 até que um juiz aprovou o seu desembarque em Augusta, na Sicília.
O Senado também levantou a imunidade do político num segundo caso, em que é acusado de proibir o desembarque de 164 migrantes de um navio de salvamento na Sicília. Está pendente uma audiência preliminar deste caso.
Durante os seus 14 meses como ministro do Interior, Salvini negou reiteradamente o acesso dos navios que transportavam migrantes resgatados aos portos.
Esta política resultou em numerosos impasses, deixando os migrantes presos no mar durante muitas semanas antes de os países europeus poderem identificar um porto ou tribunais dispostos a intervir.
O ex-ministro do interior diz querer enfrentar as acusações, em ambos os casos, para limpar o seu nome.
No entanto, lutou para manter a imunidade num terceiro caso que lhe foi apresentado enquanto ainda era ministro, ganhando assim proteção contra acusações por não permitir que 190 migrantes saíssem de outro navio da guarda costeira em agosto de 2018.
Matteo Salvini continua a ser o chefe do partido mais popular de Itália, mesmo que tenha perdido cerca de 10 pontos percentuais nas sondagens de opinião desde as eleições de 2018.
Esta queda começou quando perdeu o cargo no Gabinete, numa tentativa falhada de derrubar o governo italiano, em agosto de 2019.
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