Em nota à imprensa, o executivo regional sinaliza que "o despacho 1593/2019 de 03 de outubro, alterado pelo despacho 1757/2019, de 31 de outubro, que declarou a situação de crise energética nas ilhas da Flores e do Corvo, será atualizado e republicado em breve em Jornal Oficial".
“A alteração, que produz efeitos a partir de hoje, determina o fim da crise energética nas Flores e no Corvo, no que diz respeito ao gasóleo rodoviário e ao gasóleo colorido e marcado utilizado na agricultura e nas pescas", é referido.
A decisão, sublinha o Governo dos Açores, deve-se ao facto de já ter sido possível abastecer as Flores com 363 mil litros de gasóleo, ficando a ilha com um stock atual de 600 mil litros.
Este abastecimento, iniciado na tarde de segunda-feira e terminado na tarde de quarta-feira, só se tornou possível devido à intervenção do rebocador "Pêro de Teive", propriedade da empresa pública Portos dos Açores, que auxiliou o navio "São Jorge", efetuando a trasfega do combustível para a ilha, numa operação de caráter excecional.
A situação de crise energética mantém-se apenas no que se refere à gasolina.
Durante a passagem do “Lorenzo” pelos Açores, no começo de outubro, foram registadas 255 ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.
A passagem causou a destruição total do porto das Lajes das Flores, o que colocou em risco o abastecimento ao grupo Ocidental.
No total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros, segundo o Governo Regional dos Açores.
Em 14 de outubro, o presidente do executivo regional, Vasco Cordeiro, pediu ajuda financeira ao Estado e a ativação do Fundo de Solidariedade da União Europeia.
Uma semana depois, o Governo da República assegurou que vai pagar 85% dos estragos causados e agilizar os procedimentos para recuperar as infraestruturas destruídas.
O anúncio foi feito por Vasco Cordeiro, em Lisboa, após uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e com os ministros da Economia e do Planeamento, Pedro Siza Vieira e Nelson de Souza, respetivamente.
De acordo com Vasco Cordeiro, no encontro, o Governo da República assumiu “sem reservas o dever de solidariedade” para com os Açores, conforme havia sido solicitado pelo Governo Regional.
O governante tem para hoje marcada uma audiência, em Lisboa, com o primeiro-ministro.
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