“O Azerbaijão é um país importante para a diversificação dos fornecimentos de energia à Europa”, disse a chanceler alemã em Baku, última etapa de uma visita a três países do Cáucaso.

“A entrada em funcionamento do Corredor de Gás do Sul vai desempenhar um papel muito importante na segurança energética da Europa”, assegurou Merkel, referindo-se ao projeto energético de uma rede de gasodutos para transporte de gás do Mar Cáspio para a Europa, evitando o território da Rússia.

A Alemanha, muito dependente do gás russo, é um dos países mais interessados na diversificação das fontes de energia, em particular aquela rede de gasodutos, que percorrerá 3.500 quilómetros do Azerbaijão até Itália.

O Presidente azeri, Ilham Aliev, assegurou por seu lado que o seu país é capaz de dar um “grande contributo” para a segurança energética da Europa e referiu-se a uma “nova era” nas relações com a UE.

Merkel defendeu por outro lado um reforço da cooperação económica entre a Alemanha e o Azerbaijão, referindo que o país caucasiano “é o maior parceiro comercial da Alemanha na região”, mas que Berlim e Baku ainda podem “ampliar os laços económicos”.

Durante a visita a Baku, a chanceler também se reuniu com representantes da sociedade civil para abordar a situação dos direitos humanos no país, alvo de repetidas críticas de organizações internacionais.

Antes do Azerbaijão, a chanceler alemã visitou a Geórgia e a Arménia, onde abordou nomeadamente questões regionais como a necessidade de uma solução pacífica para o conflito do Nagorno-Karabakh, o mais antigo do espaço pós-soviético.

Um dos membros da delegação de Merkel nesta visita, o deputado Albert Weiler, foi proibido de entrar no Azerbaijão por ter visitado, em 2014 e em 2016, o Nagorno-Karabakh, um enclave separatista controlado pela Arménia em território azeri ocupado.