“O Metropolitano de Lisboa encontra-se a cumprir os níveis de disponibilidade do material circulante nos termos planeados no plano de recuperação. Das 111 Unidades Triplas (Uts), apenas 16 UTs aguardam reparação, pelo que 85% do material circulante encontra-se, atualmente, operacional”, refere a empresa em resposta enviada à agência Lusa.

As unidades triplas são composições com três carruagens, estando 16 avariadas nas oficinas do Metro à espera de arranjo.

Segundo a empresa, a reparação das restantes 16 unidades “continuará a ser efetuada ao ritmo programado, prevendo-se que, aquando da implementação do horário de inverno, a ocorrer na segunda quinzena de setembro, o Metropolitano de Lisboa disponha do material circulante necessário para o cumprimento daquele horário”.

Em 14 de fevereiro, em comissão parlamentar, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, reconheceu a existência de problemas no Metro de Lisboa, salientando que estavam a ser resolvidos e que, em maio, o serviço iria ter o material de que necessitava.

“Temos um problema [no Metro de Lisboa] e estamos a solicitar a [disponibilidade] de eletromecânicos para depressa podermos recuperar as UTs que temos”, afirmou João Matos Fernandes.

Questionado na altura pela agência Lusa sobre o estado do material circulante e a previsão de quando iria começar a rodar, o Metropolitano de Lisboa reconheceu, igualmente, que “por dificuldades económicas orçamentais, reduziu significativamente os trabalhos de manutenção pesada do seu material circulante nos últimos cinco anos”.

“Desde janeiro de 2017 que a empresa se encontra a desenvolver os trabalhos necessários à recuperação do material circulante e da infraestrutura, estimando-se que, no final do próximo mês de julho, seja recuperada a disponibilidade operacional de 85% das composições constituintes da frota, o que permitirá à empresa dar efetiva resposta às atuais necessidades do serviço público”, refere a resposta do Metro.

Inaugurado em 29 de dezembro de 1959, o Metro de Lisboa começou a operar com uma linha em Y e com 11 estações. Atualmente, existem quatro linhas e 56 estações.

De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, apresentado em maio do ano passado, o Metro de Lisboa vai ter mais duas estações - Estrela e Santos — até 2022, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.