“Ocorreram dezenas de desembarques em poucas horas e centenas de imigrantes chegaram a Lampedusa, uma situação absolutamente insustentável”, disse Musumeci aos jornalistas depois de visitar hoje a ilha.
O governador pediu a Roma que declare o estado de emergência na ilha, adiantando que é urgente dar uma “resposta imediata” aos “problemas sociais, sanitários e económicos” provocados pelo desembarque diário de centenas de pessoas, oriundas da costa de África.
Lampedusa é o enclave mais meridional da Itália, ficando situada a menos de 100 quilómetros de Tunes, capital da Tunísia. Nos últimos dias têm chegado à ilha dezenas de embarcações (“pateras”) trazendo a bordo migrantes clandestinos.
Na sexta-feira chegaram a Lampedusa mais de 600 pessoas, segundo números oficiais. Na manhã deste sábado desembarcaram mais 200 pessoas levadas por três embarcações.
O presidente da Câmara de Lampedusa, Salvatore Martello, anunciou também hoje que pediu uma audiência ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, para relatar a situação vivida na ilha.
O governador Musumeci também lamentou que Roma continue indiferente ao problema e que tenha de ser o Governo Regional a lidar com a situação.
Criticou ainda a União Europeia pela maneira como lida com os migrantes, dizendo que é hora de Bruxelas “despertar e abandonar o papel de hipócrita”.
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