Os manifestantes, empunhando bandeiras nacionais e da União Europeia, encheram a avenida Rustaveli, exigiram eleições gerais antecipadas, segundo a agência de notícias AFP.
Na quarta-feira, a ex-diplomata francesa Salomé Zourabishvili foi eleita Presidente com mais de 59% dos votos, na segunda volta das eleições presidenciais, mas a oposição georgiana, que se apresentou relativamente unida no escrutínio, não reconhece os resultados.
Salomé Zourabishvili foi apoiada pelo Partido dos Sonhos da Geórgia, fundado por Bidzina Ivanichvili, o homem mais rico do país, que muitos consideram o verdadeiro “dono” do sistema, embora se tenha retirado oficialmente da política.
"Estou aqui para protestar contra a fraude eleitoral", disse à AFP Liana Partsvania, 63 anos, acusando o bilionário e ex-primeiro-ministro Bidzina Ivanichvili de roubar os seus "votos".
"As pessoas estão na rua hoje porque as eleições foram fraudulentas", disse Gia Mgeladze, de 20 anos, acrescentando: "defendo o direito das pessoas de mudar o poder através de eleições justas".
O ex-Presidente Mikheil Saakashvili, atualmente exilado na Holanda, apareceu numa tela gigante sob os aplausos de seus milhares de apoiantes que gritaram "Micha! Micha!"
"O futuro da Geórgia está a nascer hoje neste parque", proclamou o ex-Presidente. "Vamos lutar pacificamente e não vamos desistir", acrescentou fazendo com os dedos o sinal da vitória.
Mikheil Saakashvili chegou ao poder em 2003, na sequência de uma revolta pacífica, a "Revolução Rosa", mas os seus quase dez anos no comando do país foram caóticos, alguns acusaram-no de excessos autoritários e, em 2012, perdeu a presidência para Bidzina Ivanichvili.
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