Três horas antes do início da cerimónia, na Basílica de Santa Cruz, já centenas de pessoas aguardavam a chegada do carro funerário, que foi saudado com fortes aplausos e gritos de ‘grande capitano’ (grande capitão).

A praça ficou depois em silêncio durante alguns minutos, enquanto a maioria das pessoas exibia cachecóis da Fiorentina, cujos jogadores da equipa de futebol, encabeçados por Milan Badelj, foram igualmente saudados com aplausos à chegada ao monumento, a pé.

Coube ao médio croata ler uma mensagem em nome do clube: “És o irmão e filho que todos gostariam de ter. Os teus pais não cometeram o mínimo erro contigo. Não és como todos os outros, és futebol, o verdadeiro futebol, o futebol puro das crianças”.



Muitos outros antigos colegas de equipa marcaram presença na cerimónia, casos de Giuseppe Rossi, do Génova, Borja Valero e Matias Vecino, do Inter de Milão, e vários jogadores da Juventus, entre os quais Gianluigi Buffon e Giorgio Chiellini, que não conteve as lágrimas.

Jogadores, ex-jogadores — entre os quais Francesco Totti, o histórico capitão da Roma -, treinadores e dirigentes da maioria das equipas da Liga italiana também marcaram presença, enquanto milhares de outras pessoas juntaram-se nas imediações do estádio da Fiorentina, por onde passou, lentamente, o cortejo fúnebre.

Astori foi encontrado morto no domingo, no quarto de hotel em que a Fiorentina se encontrava em estágio, para um jogo em Udine, tendo a autópsia revelado tratar-se de uma “morte cardíaca, devido a uma bradiarritmia”, provavelmente, por causas naturais.

O futebolista, nascido em San Giovanni Bianco, na província de Bérgamo — onde será sepultado -, atuava na Fiorentina desde 2015/16, depois de passagens por AC Milan, clube em que se formou, Pergolettese, Cremonese, Cagliari e Roma.