Respondendo a um apelo de várias associações conservadoras e pró-governamentais, incluindo uma presidida por Bilal Erdogan, filho do chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, os manifestantes agitaram bandeiras turcas e palestinianas, bem como retratos de Ismail Haniyeh.
“Israel assassinou um herói importante da forma que lhe convém: perfidamente. Haniyeh tinha apelado a milhões de pessoas para se manifestarem [por Gaza]. Respeitamos o seu último desejo”, declarou Bilal Erdogan, que participou na manifestação, ao canal privado CNN Türk.
Ali Yalçin, presidente do sindicato dos funcionários públicos Memur Sen, considerado pró-Governo, falou na manifestação e apelou à continuação das restrições às exportações para Israel anunciadas pela Turquia em abril.
Na quarta-feira, Recep Erdogan condenou o “pérfido assassinato” do seu “irmão” Ismail Haniyeh, que considerou ser obra da “barbárie sionista”.
O líder do Hamas, que estava com frequência na Turquia antes de 07 de outubro (data do ataque do Hamas em Israel), tinha sido recebido em Istambul em abril por Recep Tayyip Erdogan, um fervoroso apoiante do Hamas, que descreve como um “movimento de libertação”.
Na sexta-feira, realizou-se uma oração na antiga basílica, desde 2020 transformada em mesquita, em homenagem a Ismail Haniyeh, por ocasião do seu funeral em Doha, no Qatar, enquanto milhares de pessoas marcharam em Istambul, na quarta-feira à noite, em protesto pela sua morte.
Inicialmente convertida em mesquita aquando da tomada de Constantinopla, a “Hagia Sophia”, Património Mundial da Humanidade, tornou-se museu por ordem do fundador da República Turca, Mustafa Kemal Atatuk, em 1934, antes de voltar a ser mesquita a 10 de julho de 2020, por decisão do Presidente islamo-conservador, Recep Tayyip Erdogan.
Desde então, o edifício e os seus arredores tornaram-se um local popular para manifestações de grupos turcos pró-governamentais.
O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado na quarta-feira em Teerão e sepultado na sexta-feira num cemitério perto de Doha, após uma homenagem prestada por milhares de fiéis na capital do Qatar, onde vivia no exílio.
Jurando vingança, Irão, Hamas e Hezbollah acusaram Israel do assassínio, tendo a morte ocorrido um dia depois de um ataque israelita ter matado o chefe militar do movimento islamita libanês, Fouad Shukr, perto de Beirute.
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