Na noite de segunda-feira, os procuradores de Manhattan, em Nova Iorque (nordeste), acusaram Mangione de homicídio, posse de armas de fogo e outros crimes, de acordo com um processo judicial divulgado ‘online’.

Mangione foi acusado e detido sem fiança no estado da Pensilvânia, após uma breve audiência em tribunal.

O chefe dos detetives da polícia de Nova Iorque, Joseph Kenny, disse que Mangione será extraditado para Nova Iorque para enfrentar acusações relacionadas com a morte de Thompson.

O homem, de 26 anos, foi encontrado pela polícia em Altoona, a 500 quilómetros a oeste de Nova Iorque, no âmbito da investigação do homicídio na passada quarta-feira, em Nova Iorque, do líder da UnitedHealthcare, anunciaram as autoridades.

De acordo com o jornal New York Times, que se baseou em fontes próximas da investigação, o homem foi denunciado por uma testemunha num restaurante em Altoona, tendo apresentado um cartão de identificação falso, semelhante ao utilizado pelo assassino para se registar num hotel de Nova Iorque na noite anterior ao crime.

Quando foi detido, Mangione, oriundo de uma importante família do setor imobiliário de Maryland (nordeste), tinha na sua uma arma impressa a 3D que a polícia acredita ser a que foi a utilizada para matar Brian Thompson.

Mangione tinha ainda um documento manuscrito de três páginas, no qual sugeria ter “má vontade em relação” às corporações norte-americanas, disse Kenny.

Anteriormente os investigadores assinalaram que o atirador podia ser um funcionário insatisfeito ou um cliente da seguradora.

As balas encontradas perto do corpo de Thompson tinham as palavras “atrasar”, “negar” e “depor”, imitando uma expressão utilizada pelos críticos da indústria seguradora para os procedimentos usados para evitar o pagamento de compensações aos clientes.