“Estamos todos de boa-fé e penso que quer os sindicatos, quer as associações têm um comportamento e uma atitude que tem sido de procurar, com o Governo, o melhor acordo possível. Este posicionamento é uma postura que merece todo o nosso respeito e o Governo está disponível para discutir até ao final este acordo”, disse a ministra, à margem do evento comemorativo do 157.º Aniversário da Polícia de Segurança Pública, que decorreu hoje, em Torres Novas, no distrito de Santarém.
Questionada sobre a reunião entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR agendada para o dia 09 de julho, a ministra reiterou “a disponibilidade” do Governo em chegar a um acordo com as estruturas da PSP e GNR, referindo que o executivo, “na sua boa vontade”, vai ouvir as propostas de cada sindicato”.
As negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR sobre a atribuição de um subsídio de risco permanecem, ao fim de três meses, sem acordo depois de o MAI ter proposto um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
Como contraposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026.
No encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Sintra, o primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo não vai colocar “nem mais um cêntimo” na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez “um esforço medonho” e não está disponível para “trazer de volta a instabilidade financeira”.
A ministra considera ainda que o executivo tem feito um conjunto de ações “para melhorar os equipamentos e melhorar a formação” das forças de segurança, referindo que o Governo tem em mãos um “plano profundo para melhorar todas infraestruturas de Portugal continental, Açores e Madeira”.
Sobre o relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAE) que alertou para a falta de viaturas à disposição da PSP e GNR e para edifícios e instalações em “mau estado de conservação”, Margarida Blasco diz que a prioridade do Governo passa por identificar, juntamente com as autarquias, “os postos e as esquadras que precisam de ser restaurados e reabilitadas”.
A propósito dos 481 novos agentes que hoje terminaram o curso em Torres Novas, na escola prática da PSP, a ministra destacou a importância dos novos agentes, referindo que “são o símbolo dos próximos cursos e dos próximos jovens que abraçam esta carreira da segurança publica”.
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