Trata-se de “uma promessa [com] dezenas e dezenas de anos, finalmente vamos avançar com ela e espera-se que, em outubro, a EDIA avance com o concurso”, disse o governante que tutela das pastas da Agricultura e Pescas.
Em declarações aos jornalistas, após uma reunião na Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (CARMIM), no distrito de Évora, o ministro indicou que “o objetivo é incluir” o financiamento deste novo bloco de rega do empreendimento do Alqueva na reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“A sua execução cabe dentro do período de reprogramação, até 2026”, afirmou, afiançando, que existem ainda “outras possibilidades para o financiamento” da obra.
O avanço deste bloco de rega, integrado no Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz, é “um financiamento pesado, mais de 35 milhões de euros”, mas “é essencial para este território, para a competitividade do território, para a coesão territorial, para a agricultura e para aquilo que este povo já espera há tanto tempo e merecia”, disse.
Sendo um projeto reclamado há anos pelos agricultores deste concelho alentejano, que é ‘banhado’ pela albufeira do Alqueva, o ministro da Agricultura argumentou que, “no fundo, é também uma injustiça que fica reparada”.
A infraestrutura, que vai regar à volta de 4.760 hectares, sobretudo área de vinha, vai permitir “criar riqueza, dar mais sustentabilidade, mas também mais crescimento e atrair até investimento para este espaço”, afiançou o ministro.
“O objetivo é lançar o concurso em outubro. Esperemos que as declarações de impacto ambiental estejam todas disponíveis e que, depois, o concurso público internacional também corra bem”, sublinhou o governante, explicando que o projeto vai ficar a cargo da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
O ministro da Agricultura lembrou ainda que os investimentos já lançados do Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz “não incluíam esta obra”, mas é isso que o Governo está “a reparar” e espera que, “em 2026”, este novo perímetro de rega já possa estar ao serviço dos agricultores locais.
Presente nesta reunião e visita à CARMIM, a presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, Marta Prates (PSD), congratulou-se com esta “grande notícia” do ministro da Agricultura.
“Vivemos sobretudo da agricultura, vivemos sobretudo da vitivinicultura, precisamos de água”, realçou, afirmando acreditar que “finalmente” esta obra vai ser concretizada.
Nesta deslocação ao Alentejo, que começou de manhã, no concelho de Campo Maior, no distrito de Portalegre, o ministro José Manuel Fernandes vai ainda visitar as instalações do produtor vitivinícola Ervideira, em Vendinha (Évora), e acompanhar uma vindima noturna.
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