O míssil de cruzeiro tático AV-TM 300 está em “fase final de desenvolvimento” e dará às forças armadas brasileiras um “poder de dissuasão muito grande”, disse o ministro aos jornalistas, na terça-feira, num evento realizado na cidade de Manaus, no norte do país.
O desenvolvimento deste projétil faz parte do projeto Astros 2020, lançado em 2011 durante o Governo de Dilma Rousseff, através do qual foi concedido um empréstimo de 45 milhões de reais (hoje cerca de sete milhões de euros) para adquirir um novo sistema de defesa capaz de lançar aqueles mísseis.
“Resta muito pouco para [o míssil AV-TM 300] complementar a artilharia de foguetes do exército brasileiro, o que nos dará um poder de dissuasão muito grande”, disse Azevedo e Silva, em declarações recolhidas pela Agência Brasil.
O ministro da Defesa previu que as primeiras unidades poderiam ser entregues entre 2021 e 2022.
As armas estão a ser desenvolvidas pela empresa brasileira Avibrás e terão capacidade para ultrapassar os limites do território nacional.
Atualmente, a família de foguetes Astros é composta por quatro modelos, mas estes têm um alcance menor, que varia entre 30 e 80 quilómetros.
O principal objetivo do AV-TM 300, segundo o ministro, será desestimular possíveis ameaças estrangeiras.
Por outro lado, o projeto Astro 2020 inclui outras iniciativas para dotar o Brasil de “meios capazes de fornecer suporte de fogo de longo alcance, com alta precisão e letalidade”, além da instalação de um centro de instrução e bases administrativas.
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, é capitão da reserva do Exército e o seu Governo tem cerca de um terço dos ministros de origem militar.
Segundo o portal Power 360, citado pelo Tribunal de Contas do Brasil, há quase 3.000 membros das forças armadas distribuídos entre os três poderes, dos quais mais de 90% estariam em cargos executivos.
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