Para o governante, que falava durante uma audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, a companhia precisa de “fazer escolhas” para atingir o objetivo de ser “uma empresa honesta, que não prometa aos portugueses que usam a ferrovia o que não consegue cumprir”.
Diariamente, “temos supressões que não conseguimos evitar. A CP tem que garantir [que é] uma empresa honesta, pontual, que cumpra os seus horários”, acrescentou.
No entanto, o governante admitiu que as infraestrutura ferroviária “está ultrapassada”, provocando constrangimentos à própria operação da CP/EMEF, a que acrescem as dificuldades provocadas pelos comboios da empresa que já “têm décadas”.
Durante a sua intervenção inicial, o governante reconheceu ainda os atrasos no programa Ferrovia2020, ressalvado que o mais importante “é perceber as razões desses atrasos”, de modo a retirar “lições”.
Os revisores, trabalhadores de bilheteiras e outros funcionários da CP entregaram um pré-aviso de greve para os dias 20 e 21 de maio, revelou hoje à agência Lusa o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
Luís Bravo adiantou que a paralisação nacional foi convocada para protestar contra o “incumprimento de dois acordos que o Governo fez com este sindicato, o primeiro em setembro de 2017 que visava recrutar 88 trabalhadores para a área comercial e que ainda não está concretizado”.
A outra promessa que o SFRCI diz ter falhado é “a negociação do acordo coletivo de trabalho, que tem 20 anos, e que deveria ter sido finalizado até 30 de setembro. Só amanhã [terça-feira] é que vai ter a primeira a reunião de negociação”, lamentou o dirigente sindical.
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