Segundo Pedro Figueiredo, que deu conta dos resultados de uma reunião com o governante, o ministro informou “que já pediu previamente um parecer à ANAC” sobre a venda da empresa de ‘handling’, ou seja, de assistência em terra nos aeroportos.
A Lusa contactou o Ministério das Infraestruturas e encontra-se à espera de resposta.
A Vinci, dona da ANA – Aeroportos de Portugal, vai vender 100% da empresa de ‘handling’ Portway, segundo o Sintac, que esteve numa reunião com a administração da empresa, no dia 13 de julho, onde lhe foi comunicada esta intenção. A Portway é detida pela ANA.
Na reunião de hoje, o Sintac (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil) disse ao ministro que estava muito preocupado com o processo negocial na TAP, para os trabalhadores de terra.
“Estamos extremamente preocupados com a falta de critério e de discriminação por parte da comissão negociadora da TAP para o acordo de empresa, que está a ser negociado com diversos sindicatos”, disse Pedro Figueiredo, garantindo que “não estão a respeitar as instituições sindicais, aplicando tratamentos diferenciados para uns e para outros”.
Segundo o dirigente sindical, “existem sindicatos de terra” que estão “a adiantar-se de forma, digamos, acelerada, para que cheguem a um acordo o mais rápido possível primeiro do que os outros sindicatos todos”.
“Isso vai com certeza condicionar a nossa negociação ou as negociações nos diferentes sindicatos”, lamentou, explicando que o sindicato receia que anunciem já um acordo “quando ainda falta uma série de sindicatos terminar as negociações”.
“Isto é completamente inconcebível em termos de negociação, ou a empresa tem esse cuidado de finalizar com todos os sindicatos juntos, ou então esta negociação acaba por ser talvez uma fantochada em que só alguns é que estão realmente a negociar”, criticou.
O Sintac acredita que João Galamba ficou sensibilizado e irá agir nesta questão.
Quanto à ANA, outro dos assuntos discutidos, Ruben Simas, dirigente do Sintac, disse que o sindicato alertou o ministro para a situação em que estão as negociações na empresa.
“Estamos há mais de dois anos a negociar o acordo de empresa com a ANA e tivemos cerca de 50 reuniões e não conseguimos chegar a acordo”, lamentou.
“O nosso objetivo não era parar o país, se fizermos greve paramos o país”, referiu, indicando que a possibilidade de uma paralisação está em cima da mesa, para todos os aeroportos nacionais.
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