“É mesmo verdade que não vamos fazer a transição energética apostando no carvão”, declarou aos jornalistas João Pedro Matos Fernandes, à margem do encerramento do Fórum de Energia em África, no Centro de Congressos de Lisboa.
“A ideia é mesmo termos aqui um projeto de ‘green mining’, com uma enorme eficiência material, isto é, aproveitando ao máximo todos os resíduos, com enorme eficiência hídrica, isto é, garantindo que a água que circula pode ter mesmo mais que uma utilização, e um rigoroso cumprimento de todas as regras ambientais”, acrescentou o governante, caracterizando este projeto de fomento mineiro de “exemplar do ponto de vista do controlo dos impactos ambientais”.
Num comunicado enviado à agência Lusa, na quinta-feira, a Quercus diz que “é imperioso um esclarecimento” da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a manutenção da designação de “Património Agrícola Mundial do Sistema Agro-Silvo-Pastoril” para a Região do Barroso, caso se instalem as explorações mineiras de lítio.
A associação assegura também que “vai utilizar todos os meios ao seu alcance para parar os atentados ambientais que estão em preparação”.
E garante que vai apoiar a luta das populações das diversas regiões do país ameaçadas pela exploração de lítio.
No dia 22, na Covilhã, a Quercus vai organizar o “1.º Fórum Nacional de Ambiente e Lítio – A problemática do lítio no contexto nacional”.
Na quarta-feira, a Câmara de Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, anunciou discordar em absoluto de um projeto para extração de lítio na região.
O armazenamento de eletricidade em baterias de lítio é uma das soluções que fazem parte do plano para a transição energética.
Em Portugal, as seis principais ocorrências de lítio localizam-se em Serra de Arga (dividida pelos concelhos de Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo), Covas do Barroso (Boticas), Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), Guarda, Mangualde e Segura (Idanha-a-Nova).
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