"Para quem tem procurado criar alarme social e até, de uma forma razoavelmente oportunista ou até com uma certa falta de sentido de oportunidade, capitalizar politicamente qualquer tragédia que vá ocorrendo, eu diria que aqueles que escolhem esse populismo, essa tentativa de incutir o medo, deviam talvez avaliar se tiveram a mesma capacidade de decisão e de ação quando tiveram responsabilidades no país", desafiou Pedro Marques.
O ministro falava, em Lisboa, durante a cerimónia de consignação das obras de conservação da Ponte 25 de Abril, que qualificou como a maior dos últimos 20 anos naquela infraestrutura, desde a introdução do comboio na ponte que liga o Tejo entre Lisboa e Almada.
Pedro Marques criticou, assim, indiretamente, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, que aludiu esta semana a um "país preso por arames".
"Foi com ação e não com denúncia inconsequente que aumentam as despesas de conservação das infraestruturas de Portugal em 22% nesta legislatura em relação à legislatura passada, e que consignamos este ano, muito antes de começar esta vozearia da insegurança, mais de 100 milhões de euros de obras de conservação da rodovia em Portugal", defendeu.
O presidente da Câmara de Lisboa e presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Fernando Medina (PS), tinha criticado, primeiro, os "apelos a obras instantâneas".
Pedro Marques sublinhou que o Governo "já avançou, com a Infraestruturas de Portugal, no Albardão, no Alentejo, mas também nas pontes do Cris, na Ponte do Guadiana, na Estrada Nacional 125, no IP 6, no IP 3, no IC 1, nas encostas de Santarém, ou na Ponte 25 de Abril".
De acordo com o ministro, o trabalho de manutenção da Infraestruturas de Portugal (IP) reduziu “até ao final do primeiro semestre deste ano um terço das obras de arte em necessidade de avaliação prioritária, relativamente ao início da legislatura”.
Pedro Marques afirmou que, “com o trabalho em curso”, serão reduzidas “mais de metade dessas infraestruturas em necessidade de avaliação prioritária até ao fim de 2019”.
O ministro sublinhou que o parlamento tem sido sempre informado destas ações de conservação, assim como especificamente acerca das obras hoje consignadas para a Ponte 25 de Abril.
O país dispõe de um sistema de gestão de obras de arte, criado há mais de dez anos, através do qual são monitorizadas “mais de 7.200 infraestruturas integradas na rede ferroviária e na rede rodoviária nacional”, apontou, sublinhando que anualmente são realizadas cerca de 1500 inspeções.
“Todas as intervenções que são necessárias são programadas antecipadamente para manter as condições de exploração em segurança”, afirmou.
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