Num dia feriado (“Memorial Day”) por tradição tratado solenemente pelos Presidentes norte-americanos, Trump recorreu segunda-feira às redes sociais para atacar o seu antecessor, Joe Biden, a quem se referiu como “escumalha” que passou os últimos quatro anos a tentar destruir o país com esquerdismo radical e fronteiras abertas.

Noutra publicação, chamou os juízes federais que bloquearam suas iniciativas de deportação de “monstros que querem que o país vá para o inferno”.

E apesar de o Dia da Memória ser dedicado aos soldados norte-americanos mortos em serviço, e por isso solene e sombrio, Trump publicou uma outra mensagem nas redes sociais a desejar a todos um “FELIZ DIA DA MEMÓRIA!”, e outra a informar da hora a que faria a sua intervenção no Cemitério Nacional de Arlington, desejando que todos “desfrutassem”.

Em Arlington, junto à capital Washington, D.C., Trump gabou os “grandes, grandes guerreiros” ali sepultados - perto de 400 mil – e também a si próprio, por estar a “consertar [o país] depois de longos e difíceis quatro anos”.

“Saudamos [os soldados mortos] na sua glória eterna e perpétua. E continuamos a nossa busca incansável do destino da América à medida que tornamos a nossa nação mais forte, mais orgulhosa, mais livre e maior do que nunca”, afirmou Trump.

Após evocar vários exemplos individuais de militares de mérito mortos ao serviço do país, Trump voltou a um tom jocoso para referir “de certa forma”, estar “contente por ter perdido o segundo mandato” para Joe Biden, e assim poder ser Presidente durante a “grande, grande celebração” no próximo ano, do 250.º aniversário dos Estados Unidos.

“Além disso, temos o Campeonato do Mundo e os Jogos Olímpicos. Conseguem imaginar? Perdi esses quatro anos. E agora vejam o que eu tenho, tenho tudo. É incrível a forma como as coisas funcionam”,afirmou.

Antes de discursar, Trump colocou uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, uma tradição sombria para os Presidentes dos EUA.

O vice-presidente JD Vance, que discursou antes de Trump, disse que a lição de todas as lápides é ser necessária “cautela ao enviar o povo para a guerra”.