“O aeroporto do Montijo vai criar um novo polo de emprego, que irá propiciar o crescimento da área residencial […] e fixar população na outra margem. Uma parte das ligações necessárias entre os dois aeroportos terá que atravessar o Tejo […], mas também haverá a componente de viagem por ‘ferry’ para o centro da cidade”, afirmou Luís Miguel Ribeiro, numa audição parlamentar na comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.
Este responsável notou também que tudo o que promova a capacidade da zona aeroportuária de Lisboa vai reduzir os voos noturnos, notando que, até junho, foram registadas 54 irregularidades neste tipo de viagens, face às 1.180 totalizadas em 2019.
Já no que se refere ao ‘birdstrike’ (risco de colisão de uma ave com um avião), o presidente da ANAC lembrou que uma “intensa vida animal” não é incompatível com o aeroporto, referindo que tudo depende “das medidas implementadas para reduzir o número de aves nas imediações” da infraestrutura.
Para Luís Miguel Ribeiro, este risco também depende do tipo de aves, uma vez que “se forem de pequeno porte” as consequências para a aeronave serão “limitadas”.
Em 08 de janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.
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