João Vasconcelos, que integrou o Governo de António Costa e destacou-se por liderar o processo da vinda da Web Summit para Portugal, morreu subitamente e só a autópsia poderá revelar a causa da morte, acrescentou a mesma fonte.
Vasconcelos, também militante socialista, saiu do Governo em julho de 2017 após ser constituído arguido pelo Ministério Público no processo que investigava "o pagamento pela Galp Energia S.A. de viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016", o qual acabou por ser arquivado.
Diretor executivo da Startup Lisboa - Associação para a Inovação e Empreendedorismo de Lisboa, de 2011 até 2015, foi responsável pelo LIDE Empreendedorismo, associação com foco na promoção da sustentabilidade e responsabilidade social nos negócios e nas empresas.
Segundo o portal do Governo, João Vasconcelos foi adjunto e assessor do gabinete do primeiro-ministro, José Sócrates, com responsabilidade na área dos assuntos regionais e economia, entre 2005 até 2011.
Entre 1999 e 2005, ocupou o cargo de vice-presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
João Vasconcelos administrou também diversas empresas familiares nos setores do turismo e serviços, tendo também sido mentor de vários programas de aceleração empresarial, nomeadamente o Startup Pirates, Founder Institute, Lisbon Challenge e Seedcamp.
As reações à morte "prematura" de João Vasconcelos, uma personalidade com "rara predisposição para o riso"
Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, recordou João Vasconcelos na rede social Twitter: "Muito triste por saber que João Vasconcelos faleceu. Como secretário de Estado era tão apaixonado por startups e Portugal. Fez muito por promover as startups portuguesas no palco mundial. Sentiremos todos a sua falta", pode ler-se.
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, também se manifestou "profundamente chocado" com a morte do ex-secretário de Estado, destacando a "marca grande" que deixou no país.
"Profundamente chocado com a notícia da morte de João Vasconcelos. Deixou uma marca grande no tempo terrivelmente curto que esteve connosco. Toda a minha solidariedade e condolências para a família e os muitos amigos que ele tinha", escreveu João Gomes Cravinho numa mensagem colocada na rede Twitter.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, manifestou hoje o “mais profundo pesar” pela morte do ex-secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, considerando que partiu "quando ainda tinha muito para dar ao país".
“João Vasconcelos foi secretário de Estado da Indústria entre 2015 e 2017, e distinguiu-se pelo dinamismo que imprimiu à atividade governativa e pelo contributo decisivo que deu ao empreendedorismo e inovação na nossa economia”, refere o ministro em comunicado.
Além disso, o ministro realçou que João Vasconcelos “granjeou o respeito e simpatia de empresários e de todos que com ele contactaram”.
Pedro Siza Viera lamentou que tenha “partido cedo demais, quando ainda tinha muito para dar ao país” e endereçou à família e aos amigos as “mais sinceras e sentidas condolências, próprias destes momentos de tristeza”.
O ministro disse também que “deixou admiração pelo seu trabalho e saudade entre todos os que tiveram o privilégio de com ele trabalhar”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamenta a morte “prematura” do ex-secretário de Estado João Vasconcelos, considerando que a melhor forma de o homenagear é mostrar “exemplos de êxito empresarial”.
“Lamento a perda súbita de João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria e fundador da Startup Lisboa, um dos principais impulsionadores dos jovens empresários em vários setores da economia, e endereço sentidas condolências à sua família”, refere o chefe de Estado, numa nota divulgada na página da Presidência da República.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a “grande influência” de João Vasconcelos na promoção da cimeira tecnológica Web Summit em Portugal e “tantas outras iniciativas a favor da inovação e do empreendedorismo moderno”.
“A melhor forma de o homenagearmos é darmos visibilidade aos exemplos de êxito empresarial. É o que estou a fazer hoje, em Guimarães, visitando uma das ‘startups’ portuguesas de maior sucesso e com significativa criação de emprego, a Farfetch”, acrescenta ainda o Presidente da República.
Por seu turno, o ex-vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes aproveitou para recordar a “rara predisposição para o riso” do ex-secretário de Estado João Vasconcelos, um “atributo” dos que, assinalou, “não precisam de se levar a sério para chegar longe” e “com seriedade”.
“Havia no João uma rara predisposição para o riso, o singular atributo das pessoas que não precisam de se levar a sério para chegar longe e bem e depressa e com seriedade”, escreveu o centrista numa mensagem na rede social Twitter.
Para Mesquita Nunes, que na semana passada se demitiu da direção nacional do partido, Vasconcelos “vai fazer falta”.
Pedro Marques recorda "protagonista da mudança e digitalização". O ex-ministro das Infraestruturas lamentou hoje a morte do ex-secretário de Estado João Vasconcelos que “muito admirava e estimava”, lembrando o seu papel de “protagonista da mudança e da digitalização”.
“Hoje perdemos alguém que muito admirava e estimava. Foi protagonista da mudança e da digitalização, um entusiasta e impulsionador da mudança no nosso país e no mundo. Deixará saudades”, escreve o também cabeça de lista do PS às europeias na rede social Twitter.
[Notícia atualizada às 13:01]
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