A noticia da sua morte foi avançada pela família nas redes sociais. O velório será aberto ao público e terá lugar no Planetário do Parque Ibirapuera amanhã, quarta-feira, 10 de maio.
Rita Lee nasceu a 31 de dezembro de 1947 em São Paulo, no Brasil. Em fevereiro Lee esteve internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o mesmo hospital onde Pelé faleceu em dezembro de 2022.
Apesar de passados esses dias no hospital, a cantora tinha tido alta, com o marido Roberto de Carvalho a escrever nas redes sociais: "Sabe-se que sempre existirão exames de monitoramento e terapias a serem realizados, que resultarão eventualmente em internações, uma vez que se tem que lidar com a doença e os efeitos colaterais dos tratamentos”.
Rita Lee tinha sido diagnosticada com cancro do pulmão em 2021, mas de acordo com um dos seus filhos, já teria curado em abril do ano passado. Beto Lee anunciou que a mãe estava curada, elogiando a forma como “manteve a cabeça erguida, com vontade de lutar e encarou tudo com seu bom humor habitual, tanto que apelidou o tumor de ‘Jair'”.
Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals.
Lee ficou conhecida no mundo da música com o grupo de rock psicadélico"Os Mutantes", que integrou depois de ter abandonado o curso de Comunicação Social na Universidade de São Paulo, no ano de 1968. Em 1996 Lee e "Os Mutantes" chegaram à televisão, fazendo furor no Terceiro Festival da Record.
Foi apelidada como a 'rainha do rock brasileiro', sendo conhecida por temas como "Ovelha Negra", "Mania de Você", "Lança Perfume", "Agora Só Falta Você", "Baila Comigo", "Banho de Espuma", "Desculpe o Auê", "Erva Venenosa", "Amor e Sexo", "Reza", "Menino bonito" , "Flagra" e "Doce vampiro".
Foi considerada em 2008, pela revista Rolling Stone, na Lista dos 100 Maiores Artistas da Música Brasileira. Afastada dos palcos desde 2012, em 2016 lançou a sua autobiografia onde abordou várias temáticas da sua vida como as drogas, a relação com a família, os tempos que viveu na ditadura, a sua vida em palco, a sua carreira a solo e o ativismo em defesa dos animais.
Entre as dezenas de curtos episódios relatados, quase sem referências a datas, Rita Lee recorda uma das primeiras passagens por Portugal, quando "Os Mutantes" deram um concerto no Teatro Villaret, em Lisboa, na primeira parte de uma atuação de Edu Lobo: "A nossa apresentação até que rolou legal, apesar de o público português pensar que éramos argentinos", recordou Rita Lee, acrescentando que no final do concerto cortaram os cabos de eletricidade, boicotando a atuação de Edu Lobo.
Em atualização.
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