“posições irresponsáveis em que negava o genocídio” em Gaza.
“É muito importante que o ministro do Negócios Estrangeiros [Paulo Rangel], que tinha posições irresponsáveis no passado, que negou o genocídio em Gaza do povo palestiniano, mude a sua posição e adote uma posição responsável em defesa da paz”, afirmou Mariana Mortágua, que participou na marcha Abril pela Palestina, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, no dia em que passam seis meses do início da guerra entre Israel e o Hamas, a líder do BE salientou que o “dever de Portugal” é o de reconhecer o Estado da Palestina, colocando-se ao lado da comunidade internacional e do secretário-geral da ONU, António Guterres.
“É importante que, seis meses depois do início dos ataques de Israel a Gaza, estejamos aqui para lembrar aquilo que está a acontecer em Gaza. Israel matou mais de 30 mil pessoas e quase metade são crianças”, lamentou Mariana Mortágua.
Esses números demonstram que está em curso em Gaza uma “política de genocídio e de extermínio”, considerou a dirigente bloquista, para quem isso faz com que seja “tão importante que os diferentes países da União Europeia reconheçam o Estado da Palestina como um movimento para a paz”.
“O reconhecimento do Estado da Palestina é hoje um movimento político para travar o genocídio e para dizer a Israel que tem de reconhecer a legitimidade de um Estado e de um povo que está a ser massacrado às suas mãos”, disse.
Segundo Mariana Mortágua, o que “faz sentido” é que Portugal se junte aos países que, unilateralmente, já prometeram reconhecer o Estado da Palestina, apontando os casos da Eslovénia, Espanha, Malta e Irlanda.
A marcha Abril pela Palestina partiu da Praça do Município, Lisboa, pouco depois das 15:30 em direção ao Largo do Intendente, com passagem pelo Largo do Carmo para entoar a canção símbolo “Grândola Vila Morena”.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
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