Em comunicado enviado esta tarde às redações, a organização da manifestação que vai decorrer amanhã em seis cidades portuguesas repudia António Costa pelas declarações dadas na conferência de imprensa de quinta-feira quando, depois da reunião do Conselho de Ministros em Setúbal, o governo aprovou as novas medidas de mitigação da crise da habitação através do programa “Mais Habitação”.

Segundo a organização da manifestação Casa para Viver, António Costa terá apelado à participação dos presidentes das Câmaras nas manifestações pelo direito à habitação previstas para amanhã, 1 de abril, em Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Lisboa, numa tentativa “desesperada de lavar os erros das políticas do governo, ocultar a sua promiscuidade com o lobby imobiliário e disfarçar a completa recusa das medidas de fundo exigidas na convocatória dos protestos”.

O movimento lembra que as manifestações de sábado são precisamente uma “crítica às políticas de habitação do governo e ao seu pacote de medidas que persiste nos mesmos erros, procurando apenas atirar areia para os olhos da população”, e acrescenta que “quem faz parte do problema não faz parte da solução".

Nenhuma das medidas do Mais Habitação, aprovadas pelo governo, “correspondem ao que é verdadeiramente necessário”, dizem ainda os organizadores que amanhã saem à rua exigir "casas para habitar, não para especular".