"A solução que trazemos permite a instalação até 140 camas no antigo Hospital do Lorvão, com custos de readaptação relativamente baixos para o benefício que se obtém", disse Eduardo Ferreira, representante do movimento, à agência Lusa, no final de uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
A transformação do antigo Hospital Psiquiátrico do Lorvão, no distrito de Coimbra, encerrado em 2012, em unidade de cuidados continuados com 140 camas representaria, de acordo com o movimento, cerca de três milhões de euros.
Segundo Eduardo Ferreira, existe "uma diferença de custo diário entre uma cama ocupada numa unidade de cuidados continuados e a ocupação no hospital central de cerca de 200 euros, que pode levar à amortização do investimento em cerca de dois anos".
Na reunião de hoje, salientou, o grupo conseguiu “convencer a ARSC” das suas “intenções para resolver um problema que existe na saúde, mas também para gerir bem os recursos do país”, porque a solução que apresentou “é muito mais económica para o Orçamento de Estado e para os contribuintes".
"Demonstrámos também que a região Centro tem carência de vagas nas unidades de cuidados continuados, baseando os nossos argumentos nos dados da própria rede", frisou.
No balanço da reunião com a ARSC, em que participaram cerca de três dezenas de elementos do movimento, Eduardo Ferreira mostrou-se convicto de que as preocupações apresentadas vão ser reportadas a nível superior.
"Se fizerem chegar aos órgãos de decisão as nossas razões e as soluções que viemos apresentar, já é uma boa forma de colaborar", considerou.
A instalação de uma unidade de cuidados continuados no antigo Hospital do Lorvão e a sua integração na rede nacional é defendida numa petição do Movimento + Saúde entregue na Assembleia da República, em outubro, com mais de sete mil assinaturas, e que foi enviada para agendamento da apreciação e discussão em plenário.
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