Desde janeiro, foram registados cerca de 34.297 casos nas cinco regiões africanas, incluindo 38 no Gana, onde a doença não tinha sido detetada até agora, segundo a agência de saúde da União Africana.
Este número eleva para 16 o número de países africanos onde a mpox foi oficialmente detetada, de acordo com o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África).
No anterior balanço, de 12 de setembro, África tinha registado, desde o início do ano, 26.543 casos de mpox (5.731 confirmados) e 724 mortes pela doença.
De acordo com os números partilhados então pelo diretor-geral do CDC África, Jean Kaseya, as mortes e infeções notificadas desde janeiro último representavam 43% e 56%, respetivamente, das registadas no total desde janeiro de 2022 até àquela data.
“A epidemia não está sob controlo”, afirmou hoje Jean Kaseya, Diretor-Geral do África CDC, numa conferência de imprensa.
Nas últimas semanas, foram registados cerca de 2.500 novos casos por semana, acrescentou, lamentando que a taxa de testes para confirmar a presença da doença continue a ser “demasiado baixa”.
A mpox é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida entre seres humanos, causando febre, dores musculares e lesões cutâneas.
O ressurgimento da mpox no continente e o aparecimento de uma nova variante (clade 1b) levaram a Organização Mundial da Saúde a acionar o seu nível mais elevado de alerta global em meados de agosto.
O clado 1b foi identificado na República Democrática do Congo (RDCongo), no Burundi, no Quénia, no Uganda e no Ruanda, de acordo com o CDC África.
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