O felino dissecado estava à venda por 5.995 euros no Milanuncios, um website de venda de objetos, informou a Guardia Civil num comunicado. Foi o Serviço de Proteção da Natureza (Seprona) que lançou o alerta.
Segundo o El País, no passado dia 3 de agosto, as autoridades espanholas visitaram a residência da mulher em Castelldefels, município localizado na província de Barcelona, para aferir a autenticidade do exemplar.
Na nota lançada pela Guardia Civil, o animal era um leão macho, adulto e "em perfeitas condições", tendo sido sujeito a taxidermia e colocado "sob uma placa de reboco".
A vendedora alegou que o seu falecido sogro caçou o animal na Namíbia na década de 1990 e o conservou dissecado, mas pode ser condenada por "crime contra a fauna", já que, não havendo documentação que o comprove, não se sabe onde é que o animal foi caçado ao certo nem se o ato foi praticado de forma legal.
Outra infração detetada pelo Seprona é a pose em que se encontrava o exemplar. Colocado em posição de ataque, estava assente sob as patas traseiras, com as patas dianteiras em riste e de boca aberta com as presas bem visíveis. De acordo com os investigadores, a embalsamamentos que colocavam animais em posições ferozes eram uma prática comum "nos anos 80 e 90", mas desde então "essa prática foi proibida e os animais tem de estar numa posição mais normal".
O animal, da espécie "Panthera leo", está incluído no anexo B da Cites, a convenção sobre o comércio internacional de espécies da fauna e flora selvagens ameaçadas de extinção, informou o Seprona. O leão embalsamado foi entregue ao Museu de Ciências Naturais de Barcelona.
"Precisamos de consciencializar as pessoas de que não podem caçar um animal de uma espécie protegida noutro país, depois importá-lo de maneira ilegal e, no fim, tentar lucrar com a comercialização", disse o agente do Seprona, Miguel Díaz.
"Também apreendemos este ano um crocodilo do Nilo que tentaram vender na internet", disse.
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