Uma mulher de 26 anos morreu depois de ser submetida a um procedimento de lifting de glúteos brasileiro "francamente bárbaro" sem dar consentimento informado, avança um inquérito citado pelo jornal britânico The Guardian.
Demi Agoglia viajou para a Turquia para a operação depois de ver recomendações de celebridades sobre a Comfort Zone Surgery, em Istambul, nas redes sociais.
A mãe de três filhos estaria "consciente sobre a sua aparência" e insistiu em submeter-se ao procedimento, que consiste na retirada de gordura de outra parte do corpo e injetada nos quadris e nas nádegas.
O parceiro da mulher, Bradley Jones, informou que não queria que Agoglia fizesse a cirurgia, mas a mulher marcou a viagem meses antes, depois de ver celebridades a fazer o mesmo online.
Depois da operação a mulher estava a tremer e parecia "muito, muito fria", disse ao tribunal o médico legista.
Os funcionários da Comfort Zone foram chamados cidade onde a mulher estava hospedada depois de Agoglia sentir um aperto no peito e verificaram a pressão arterial, mas não inspecionaram a área da operação nem verificaram a frequência cardíaca e pulso.
Agoglia terá depois desmaiado e foi levada de volta para um hospital em Istambul, onde morreu em 8 de janeiro, três dias após a operação.
Mais tarde, descobriu-se que a equipa da Comfort Zone que foi chamada para a vila não era formada por enfermeiros qualificados. O inquérito ouviu que as ações "completamente bizarras" incluíam tentar alimentar Agoglia com pedaços de pepino depois que desta desmaiar.
O inquérito informou que o instituto médico-legal enviou vários e-mails ao hospital turco e aos cirurgiões envolvidos para obter declarações, mas não recebeu nenhuma resposta até ao momento.
Comentários