De acordo com o El País, a múmia vai ser retirada para seguir as indicações do Relatório Técnico sobre o tratamento de restos mortais humanos depositados em museus estatais, encomendado pelo Ministério da Cultura espanhol há um ano.
Segundo o relatório, a múmia foi exibida "com um breve rótulo que não justifica sua presença, a menos que mais conteúdo sobre ela seja partilhado, o que tornaria a sua exibição essencial, com dados como resultados analíticos, origem e descrição da prática Guanche de mumificação ou comparação com outros rituais contemporâneos".
A retirada da múmia da exposição coincide com a publicação, esta segunda-feira, pelo Ministério da Cultura, de uma Carta de Compromisso para o tratamento ético dos restos mortais humanos, que deverá ser adotada pelos 16 museus estatais.
Segundo esse documento, "todos os restos físicos que podem ser atribuídos à espécie Homo sapiens , incluindo corpos completos ou partes deles, não transformados, transformados ou preservados" devem ser protegidos. Assim, estão incluídos "ossos, pessoas mumificadas, tecidos moles, órgãos, seções de tecido, embriões, fetos, pele, cabelo, unhas, bem como objetos nos quais restos humanos foram conscientemente incorporados".
A múmia, encontrada em Tenerife, estava exposta desde dezembro de 2015 "na área dedicada às Ilhas Canárias dentro da secção Proto-história". Os guanches eram o povo que habitava as Ilhas Canárias quando foram conquistadas no final do século XV.
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