A vereadora Regina Bento, responsável pelo pelouro das finanças municipais, salientou que o resultado líquido foi superior em 1,5 milhão de euros ao registado nas contas de 2017.
Na apresentação dos documentos em sessão camarária, a autarca socialista assinalou a diminuição das dívidas a terceiros, na ordem dos cinco milhões de euros, e a redução do passivo em 1,38 milhões de euros.
O pagamento de 5,6 milhões de euros a fornecedores, que corresponde a uma redução de 10% da dívida em relação a 2017, foi também destacado pela autarca.
"O município estabilizou ou melhorou a maioria dos indicadores económico-financeiros, cumpriu todos os limites legais de endividamento, não tem pagamentos em atraso e apresentou um prazo médio de pagamentos de 50 dias", frisou.
Regina Bento adiantou ainda que o nível de execução relativo aos investimentos aumentou substancialmente, relativamente a 2017, passando de 20,8 % para 31,9 %, atingindo cerca de 11,5 milhões de euros em 2018.
Os argumentos da responsável pelo pelouro das finanças municipais não agradaram à oposição, que criticou o facto de existir um saldo de gerência de quase 36 milhões de euros, que representa falta de investimento.
Os três vereadores da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM e os dois do movimento Somos Coimbra votaram contra o relatório e contas, enquanto o eleito da CDU se absteve, permitindo que o documento fosse aprovado pelos cinco elementos da minoria socialista que governa o município.
"Para executar tão pouco, não era preciso cobrar tantos impostos", disse o vereador social-democrata Paulo Leitão, lamentando que o saldo de gerência não esteja "ao serviço das populações".
Segundo o atual presidente da distrital do PSD, a atividade do executivo liderado pelo socialista Manuel Machado "não passa de uma mera gestão corrente".
Para José Manuel Silva, do movimento Somos Coimbra, o relatório e contas apresenta uma "ausência de execução que é prejudicial para a cidade".
"Tecnicamente não encontrámos problemas, politicamente, e em termos de gestão autárquica, ficámos surpreendidos com taxas baixas de execução e um saldo de gerência de 35 milhões, mas não nos surpreendemos porque é um resultado feito com um orçamento que rejeitámos e para o qual apresentámos alternativas que não foram consideradas", sublinhou.
Salientando que não se identifica com as decisões das Grandes Opções do Plano (GOP), o autarca da CDU, Francisco Queirós, acrescentou que, "do ponto vista técnico-contabilístico, não há nada a apontar, há sim naquilo que são os rumos e caminhos a trilhar, que devem ser outros".
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