Atual diretora do Museu Nacional da Música, em Lisboa, em funções há oito anos e meio, Graça Mendes Pinto irá assumir o novo cargo a partir de 01 de setembro, mantendo-se a estrutura da direção-adjunta, ocupada por Joana Belard da Fonseca e Sofia Campos Lopes, indicou a mesma fonte.
Localizado na frente ribeirinha de Lisboa, o Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, possui um património museológico com mais de 15.000 peças, relativas às suas coleções da presença portuguesa na Ásia e a Kwok On, abrangendo territórios orientais que passam pela Índia, Sri Lanka, China, Macau, Japão e Timor-Leste.
As peças vão desde as máscaras ao mobiliário, armaduras, mapas, têxteis, biombos, porcelanas, terracotas, a desenhos e pinturas que ilustram um período histórico marcado por trocas comerciais, culturais, vivenciais, científicas, técnicas e religiosas.
Graça Mendes Pinto é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Museologia e Conservação no antigo Instituto Português do Património Cultural.
Na terça-feira, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) anunciou que o musicólogo, gestor e compositor Edward Ayres de Abreu, de 33 anos, foi designado para dirigir o Museu Nacional da Música, a partir de setembro, na sequência de um concurso internacional organizado por aquele organismo do Ministério da Cultura.
A museóloga, que pertence à carreira técnica superior dos quadros de pessoal da DGPC, iniciou, em 1984, funções de conservadora no Palácio Nacional da Ajuda, que desempenhou durante dez anos, ingressando em 1994 nos serviços centrais do antigo Instituto Português dos Museus (IPM).
Foi requisitada em 1998 pela Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) para exercer as funções de conservadora/museóloga na direção do Centro de Exposições, onde esteve cinco anos, regressando ao IPM para fazer assessoria à direção.
Em 2007, foi nomeada coordenadora da Galeria do Rei D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda e, em 2014, nomeada diretora do Museu da Música, em regime de substituição; após concurso, foi designada diretora em fevereiro de 2015.
O Museu do Oriente, localizado em Alcântara, “resultado natural da vocação da Fundação Oriente”, recebeu quase 500 mil visitantes nos primeiros dez anos de existência, na sua exposição permanente e nas exposições temporárias das suas coleções e de artistas.
O museu possui uma programação regular de espetáculos de música, teatro, dança e cinema, e organiza cursos, ‘workshops’ e palestras, possuindo ainda um centro de documentação, um serviço educativo, e um centro de reuniões.
Distinguido em 2009 como o melhor museu português pela Associação Portuguesa de Museologia, foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo.
O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco.
Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de caráter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau.
Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia.
Com delegações em Macau, na Índia e em Timor-Leste, a Fundação Oriente desenvolve também um programa de bolsas de estudo de investigação, de doutoramento e de língua e cultura portuguesa e línguas e culturas orientais, promovendo ainda o ensino da língua portuguesa em Macau, Goa e Timor-Leste.
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