Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do Chega disse que a manifestação vai arrancar pelas 15:00 da Praça do Município, em Lisboa, para a Assembleia da República, o mesmo local onde terminará o outro protesto.
Essa concentração, que André Ventura irá liderar, será “em defesa da polícia, em defesa do estado de Direito e em defesa do cumprimento das regras do estado de Direito”.
Também para sábado, está prevista uma manifestação com o lema “Sem justiça não há paz”, entre a praça Marquês de Pombal e a Assembleia da República, organizada pelo movimento Vida Justa, familiares e amigos de Odair Moniz, associações de moradores do bairro do Zambujal, onde residia a vítima, e de outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.
“Nós procuraremos com as autoridades, ao longo das próximas horas, fazer a articulação necessária para que os dois percursos não se cruzem e para garantirmos que as manifestações serão pacíficas”, indicou André Ventura.
Questionado se esta manifestação poderá ser vista como provocatória e levar a momentos de tensão, o presidente do Chega sustentou que “já houve outros momentos em que houve manifestações no mesmo dia, à mesma hora, na mesma cidade, e houve a capacidade de fazer a separação de trajetos”.
O líder do Chega recusou que esta seja uma contramanifestação, mas afirmou que “aqueles que condenam a atuação policial, aqueles que desculpabilizam a atuação deste homem”, não podem ser os únicos a fazer valer a sua posição.
Ventura considerou que existe “um branqueamento forçado e abusado” de Odair Moniz, o homem que morreu.
”O que está em curso por alguns setores da sociedade é uma tentativa vil de ataque da polícia, de menorização da polícia e de desculpabilização deste tipo de violência que está em curso”, acusou, manifestando solidariedade com o motorista do autocarro incendiado hoje de madrugada em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, que ficou ferido e encontra-se em estado grave.
Sobre as declarações do líder parlamentar do Chega, que na quarta-feira disse num debate na RTP3 que se as forças de segurança “disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”, Ventura sustentou que o que Pedro Pinto quis dizer foi que “a polícia não pode ter medo de atirar”.
O líder do Chega defendeu que “há momentos que é preciso disparar a matar”.
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