Luís Montenegro falava à saída de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, onde Marcelo Rebelo de Sousa recebe hoje todos os partidos com assento parlamentar, na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP causada pelo ‘chumbo’ da moção de confiança ao executivo.

"Transmitimos ao Presidente da República a nossa posição segundo a qual a solução para este impasse deve passar pela realização de eleições legislativas antecipadas", afirmou.

No Palácio de Belém, Montenegro garantiu que "o país vive uma situação de consolidação do percurso económico e financeiro e felizmente estamos com uma taxa de crescimento económico e dinamismo que é dos melhores desempenhos da Europa".

"Apesar de compreendermos que haja apreensão, é também importante que se diga que não há razão para alarme, não há razão para que instrumentos democráticos não possam funcionar, de maneira a não penalizar a vida das pessoas ou agravar nenhuma situação que seja preciso superar", acrescentou, garantindo que Portugal vai continuar a ser representando lá fora e cá dentro.

"Temos todas as razões para dizer a Portugal que não vai haver uma perturbação nem do ponto de vista do Governo, nem da Administração ou Economia, neste período. Há todas as razões para poder confirmar isso", disse.

Montenegro sublinhou ainda que "o país vive uma situação complicada".

"Não sendo um cenário desejável, não sendo a interrupção de uma legislatura desejável que acontece, temos todas as condições para dizer a Portugal que não vai haver uma perturbação no funcionamento do país", acrescentou, garantindo ainda que "o PRR não está em causa".

Disse também "há condições para que decorram num curto espaço de tempo", nomeadamente, para que se realizem "a 11 ou 18 de maio". "Mas há todas as condições para que possa ser a 11", destacou.