Segundo Silva Rocha, a embarcação está estacionada a “cerca de 12 milhas do porto de Leixões, o correspondente a entre 16 e 17 quilómetros, com dois rebocadores portuários que o mantêm à espera de um rebocador oceânico contratado pelo armador”.

Para além de ter “maior capacidade”, chega com uma equipa que “faz a recuperação de situações muito difíceis”, acrescentou.

“O que se pretende fazer nos próximos três dias, fora das águas territoriais, é repor algumas das capacidades do navio, nomeadamente de bombagem, para depois ou em Leixões ou em Sines, ser feita a descarga da carga”, precisou o capitão da Marinha.

O rebocador contratado, acrescentou, “estava no Mediterrâneo, chegou de madrugada ao porto de Leixões, abasteceu e estará em trânsito para a posição onde se encontra o Greta K”.

“Agora serão três dias, no mínimo, de intervenção e só irá para o porto de Leixões se estiverem reunidas todas as capacidades de segurança e de bombagem para poder fazer a trasfega do combustível para o terminal ao lado do porto de Leixões”, assinalou.

Segundo a Marinha Portuguesa, o alerta para o incêndio no navio-tanque Greta K, com bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e meia de costa, cerca de três quilómetros, junto à praia dos Ingleses, na Foz do Douro, foi dado cerca das 15:30 de terça-feira para o “Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de Lisboa, da Marinha”.

O navio tinha 19 tripulantes a bordo, todos de nacionalidade filipina, tendo 16 sido retirados nos últimos dias. A embarcação transporta “gasóleo e combustível destinado a aviões (jet fuel)”.

A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional alertaram na quarta-feira para o “agravamento considerável” das condições meteorológicas e de agitação marítima em Portugal continental, desde as 06:00 de hoje e até ao meio-dia de sábado.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já tinha colocado sob “aviso amarelo” nove distritos do continente até sexta-feira devido à previsão de agitação marítima, com ondas de noroeste com 4 a 4,5 metros.

O aviso destina-se aos distritos do Porto, Aveiro, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja (costa alentejana) e Braga.

O “aviso amarelo”, o menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.