O acordo entre o Governo e as estruturas sindicais da UGT, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), assinado em outubro de 2022, prevê um aumento anual de cerca de 52 euros até 2026 ou de um mínimo de 2% por ano.
A Fesap propõe uma atualização salarial de 6% com um mínimo de 80 euros por trabalhador, enquanto o STE reivindica um aumento superior a 5%, tendo em conta a evolução da inflação e o custo de vida.
Ambas as estruturas propõem ainda uma subida do subsídio de alimentação dos atuais 5,20 euros para 7,50 euros por dia e a redução dos descontos para a ADSE.
"Esperamos que o Governo apresente uma proposta que tenha em consideração a inflação e o custo de vida, atribuindo aumentos dos salários efetivos", disse à Lusa o secretário-geral da Fesap, José Abraão.
O sindicalista realçou que o acordo de outubro prevê valores "mínimos", tendo sido assinado "sem prejuízo dos cadernos reivindicativos das estruturas sindicais" e prevendo a sua revisão "sempre que ocorra alteração substancial das condições relativas às matérias acordadas".
Também a presidente do STE, Helena Rodrigues, defendeu que "a atualização salarial anual não fica prejudicada pelo acordo" e considerou que a proposta do sindicato que lidera "é realista" e tem como objetivo recuperar a perda de poder de compra dos trabalhadores.
Já a Frente Comum de sindicatos, afeta à CGTP, que não assinou o acordo com o Governo, vai apresentar a sua proposta só após a reunião desta manhã, no Ministério da Presidência, em Lisboa, com a ministra Mariana Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.
Após a reunião, Frente Comum realiza uma cimeira de sindicatos para aprovar o texto final da proposta reivindicativa para 2024, seguindo-se uma concentração em frente ao Ministério da Presidência, com deslocação à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, para entrega do documento reivindicativo.
A CGTP, que integra a Frente Comum, já deu a conhecer a sua proposta, de aumentos salariais de 15% para 2024 com um aumento mínimo de 150 euros por trabalhador.
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