A celebração da efeméride, que se assinala na próxima quarta-feira por ocasião do Dia Internacional de Nelson Mandela, vai ser antecipado através de seminários, conferências e passeios num programa que se estende por vários dias, a começar neste sábado, com a chegada de convidados de vários países.
Esta celebração vai ser o pano de fundo para o encontro nacional da Academia de Líderes Ubuntu, descrita pelo IPAV como “um projeto de capacitação de jovens com elevado potencial de liderança, provenientes de contextos de exclusão social ou com aptidão para aí trabalharem”.
Entre as atividades abertas ao público encontram-se uma conferência a 17 de julho, no Teatro Thalia, às 15:00, que irá seguir um modelo de TED Talk, em que os convidados vão relatar as suas experiências pessoais no contacto com Nelson Mandela.
No mesmo dia segue-se o lançamento do livro “As Cartas da Prisão de Nelson Mandela”, que será apresentado pelo jornalista António Mateus e pelo embaixador Francisco Seixas da Costa no teatro Thalia, um espetáculo de gospel no Largo do Município e a exibição do filme “Invictus”, no mesmo local, baseado no livro do orador John Carlin.
No dia do aniversário de Nelson Mandela, a Câmara Municipal de Lisboa vai atribuir o nome “Nelson Mandela” a uma rotunda da cidade na Alta de Lisboa.
Neste dia, está marcada uma conferência no Auditório Montepio com a realização de dois painéis: “Construir pontes para a reconciliação e paz – caminhos percorridos e lições aprendidas” e “Os desafios de quem começa”.
O IPAV pretende assinalar a data tendo em vista as celebrações conduzidas pelas Nações Unidas, que organiza a “Cimeira da Paz Nelson Mandela” e pela Fundação Nelson Mandela, cujo lema para o centenário é “Be the legacy” (“Ser o legado”).
Alguns dos convidados associados a este evento são António Mateus, ex-delegado da agência Lusa em Maputo e Joanesburgo e autor de vários livros, entre os quais “Mandela – A Construção de um Homem” e “Mandela – O Rebelde Exemplar”; Ricardo Alexandre, da TSF; o bispo timorense D. Carlos Filipe Ximenes Belo, defensor dos direitos humanos, agraciado com vários prémios e doutoramentos 'Honoris Causa' e Prémio Nobel da Paz em 1996; o irlandês Geoffrey Corry, especialista em resolução de conflitos; o padre guineense Domingos Fonseca, presidente da Comissão Organizadora da Conferência Nacional para a Consolidação da Paz e do Desenvolvimento (COCN) da Guiné-Bissau; os sul-africanos Jeremy Sarkin, professor de direito, envolvido em questões de justiça de transição em vários países e John Volmink, ligado à educação na África do Sul e o jornalista e autor inglês John Carlin.
Nelson Mandela, advogado e fundador do Congresso Nacional Africano, foi preso em 1962, quando o regime de segregação racial, apartheid, na África do Sul intensificava a sua campanha brutal contra os opositores políticos.
Na altura, com 44 anos, Nelson Mandela passaria os 28 seguintes na prisão, tendo sido libertado somente a 11 de fevereiro de 1990.
O também ex-Presidente da Àfrica do Sul morreu a 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos, depois de uma vida dedicada à luta contra a discriminação racial e as injustiças.
Última atualização às 12:10
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