O Governo anunciou hoje ao fim do dia que vai aplicar as novas tabelas de retenção na fonte aprovadas pela oposição que refletirão a redução de taxas do IRS, após a promulgação do diploma pelo Presidente da República, para entrar vigor em setembro e com retroativos.

O anúncio foi feito horas após o Chega exigir a aplicação da redução. André Ventura exigiu a "redução imediata" no imposto sobre o rendimento e alertou que "confundir a baixa do IRS" com a negociação do Orçamento do Estado é criar "confusão no Parlamento".

Já o PS reagiu nas redes sociais. “Hoje, os Portugueses saem a ganhar com uma decisão que beneficia a maioria, como o PS sempre defendeu. Garantimos uma redução de IRS que distribui de uma forma mais justa o dinheiro devolvido às famílias”, afirmou Pedro Nuno Santos na rede social X.

Na conferência de Imprensa após o conselho de ministros, o Governo insistiu em marcar a agenda e negou-se a responder às perguntas dos jornalistas sobre o IRS, falando apenas do tema da reunião: o aumento salarial para as forças militares.

O primeiro-ministro anunciou a atribuição de um aumento do suplemento da condição militar para 300 euros com efeitos imediatos, aumentando depois anualmente em 50 euros até janeiro de 2026, até atingir 400 euros. O SAPO24 reuniu aqui todas as medidas e quanto vão custar.

Apesar do ministro da Defesa afirmar que as medidas foram negociadas com as associações, os militares e praças vieram reiterar que não fizeram parte das negociações.

As associações militares de sargentos, praças e oficiais reiteraram hoje que não participaram em qualquer negociação com o Governo, e consideraram insuficientes as medidas apresentadas pelo executivo para as Forças Armadas.

Os oficiais e sargentos fizeram saber também hoje à tarde que o “direito de representação e negociação coletiva é consignado e é considerado a todas as estruturas representativas de classes e categorias profissionais, exceto aos militares”.

Os militares contrapuseram com as negociações recentes com as forças e serviços de segurança, onde os profissionais “foram recebidos e fizeram rondas de negociações”.

Também a mexer na carteira dos contribuintes, mas dos mais novos e com poder de compra, soubemos também hoje com a publicação em DR, que entra em vigor a 1 de agosto a isenção de IMT e Imposto de Selo, para jovens até 35 anos.