Ouça aqui a conversa com Cátia Nobre
“Tive gente dizer-me que eu tinha de perder peso, caso contrário iria ficar como a pessoa A ou B. Tive pessoas a dizerem que tinha de fazer solário por ser muito branquinha. Fui humilhada à frente de colegas por alguém que dizia que eu precisava de mudar a minha imagem, que isto de ser loira e com olhos verdes não era compatível com dar notícias”, conta Cátia Nobre, cuja carreira como pivô começou há treze anos, quando tinha pouco mais de 20. “Depois da minha segunda gravidez, olhava-me ao espelho e pensava: eu nunca mais vou poder aparecer na televisão”.
Não só pode, como é hoje um dos rostos principais da informação na TVI. Anteriormente, foi também pivô na CNN e na CMTV, onde esteve durante oito anos. Nesta conversa com Patrícia Reis e Paula Cosme Pinto, revela não só como nunca imaginou “que conseguiria fazer ou ter a oportunidade de fazer televisão”, como também os obstáculos extra que teve de enfrentar para provar as suas competências por ser mulher, jovem e bonita, tendo continuamente de validar o seu lugar e mérito enquanto profissional de comunicação. Contudo, gosta de “ver sempre o lado meio cheio do copo”, e não hesita em dizer que a televisão lhe “trouxe mais coisas boas do que más”. E deixa claro: “Não sou deslumbrada, até porque a minha conta bancária diz o contrário. Faço informação, não faço entretenimento, não sou influencer. Vivo a minha vida, é igual como era há uns anos”.
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