"As dádivas estão estabilizadas. Nesta década, tem havido uma diminuição das dádivas e das colheitas, mas essa diminuição tem decorrido de forma paralela à diminuição das necessidades", disse o presidente do IPST, João Paulo Sousa, que falava à agência Lusa à margem da cerimónia de comemoração do Dia Nacional de Dador de Sangue, que decorreu hoje em Coimbra, no Convento São Francisco.
Segundo João Paulo Sousa, não há motivo "para preocupação".
"A nossa preocupação é mantermos um nível de colheitas de sangue que permita cobrir as necessidades. É isso que se verifica na prática", referiu.
Como desafio para o futuro, o líder da instituição elegeu o aproveitamento do plasma, apontando para o facto de que Portugal vai ter "pela primeira vez" medicamentos derivados do plasma português, no final do segundo semestre.
Em 2019, o IPST vai dar continuidade a esse programa de fracionamento do plasma com a utilização do plasma do instituto, mas também dos hospitais, referiu.
João Paulo Sousa sublinhou que Portugal "é autossuficiente em plasma para transfusão", mas não é autossuficiente em medicamentos derivados do plasma.
No entanto, face à escala do país, não será nunca possível "atingir o pleno dos medicamentos derivados do plasma português", notou.
Apesar disso, o presidente do IPST sublinhou que se terá que começar a aumentar a aférese (processo de separação dos diversos elementos do sangue), advertindo que, por mais sessões de colheita que se façam por aférese, o país nunca será autossuficiente na produção de medicamentos através de plasma português.
"É uma questão de escala", explicou.
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