Não existe uma lista pública e oficial dos candidatos à distinção, mas o comité norueguês revela todos os anos o número de candidatos.
Dos 331 candidatos propostos para a edição deste ano, 216 são pessoas individuais e 115 são organizações, segundo a informação disponível no site oficial dos prémios Nobel.
Esta é uma das distinções que gera mais especulação e, mesmo com o secretismo que envolve o prémio, os nomes dos potenciais vencedores surgem sempre nos media e nas casas de apostas.
Entre as várias figuras mencionadas este ano consta o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionado com o facto de ter iniciado um diálogo classificado como “histórico” com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Ainda a propósito do processo de pacificação da península coreana, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, é outro dos referenciados.
Entre os outros nomes mencionados para a edição 2018 do Nobel da Paz constam o do cirurgião congolês Denis Mukwege e o da ativista da minoria religiosa yazidi Nadia Murad. Os dois ativistas lutam contra a violência sexual.
Duas agências das Nações Unidas, o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), também têm sido apresentadas como favoritas.
O bloguer e ativista saudita Raif Badawi e as associações de defesa dos media e dos direitos humanos na Rússia têm sido igualmente mencionados como potenciais laureados.
O anúncio do prémio, o único Nobel a ser decidido e revelado em Oslo, está marcado para às 11:00 locais (10:00 em Lisboa).
O Comité Nobel norueguês é responsável por escolher os laureados do Nobel da Paz, mas a indicação de candidatos pode ser feita por qualquer pessoa que preencha um conjunto de critérios, como, por exemplo, anteriores laureados, membros de parlamentos e governos nacionais ou atuais chefes de Estado.
Os nomes dos candidatos apresentados ao comité só poderão ser revelados publicamente após um período de 50 anos.
Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro, inventor, industrial e filantropo sueco Alfred Nobel (1833-1896) em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à humanidade.
O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes da sua morte.
Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.
Desde 1901, foram atribuídos 98 prémios Nobel da Paz a um total de 131 laureados (104 indivíduos e 27 organizações).
Na lista dos prémios Nobel da Paz constam apenas 16 mulheres, incluindo a mais jovem laureada de sempre, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que tinha 17 anos quando recebeu a distinção em 2014.
Atualmente com um valor monetário de nove milhões de coroas suecas (873.000 euros), o prémio não foi atribuído em 19 ocasiões, nomeadamente durante o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
Em 2017, o Nobel da Paz foi atribuído à Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN).
A cerimónia de entrega do prémio está agendada para 10 de dezembro em Oslo.
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