Segundo a Academia Sueca, "os laureados Barry Sharpless e Morten Meldal lançaram as bases para uma forma funcional de química – a química do clique – na qual os blocos de construção molecular se encaixam de forma rápida e eficiente".
"A química do clique é utilizada no desenvolvimento de produtos farmacêuticos, para mapear ADN e criar materiais mais adequado".
Carolyn Bertozzi "levou a química do clique para uma nova dimensão, começando a utilizá-la em organismos vivos. As suas reações bioortogonais ocorrem sem interromper a química normal da célula", explica a Academia.
"Usando reações bioortogonais, os investigadores melhoraram o funcionamento de produtos farmacêuticos contra o cancro".
O termo química 'bioorthogonal' refere-se a qualquer reação química que pode ocorrer dentro de sistemas vivos sem interferir nos processos bioquímicos nativos. O termo foi cunhado por Carolyn R. Bertozzi em 2003.
O norte-americano Barry Sharpless, de 81 anos, é a quinta pessoa a vencer um segundo Prémio Nobel, juntando-se a John Bardeen, Marie Skłodowska Curie, Linus Pauling e Frederick Sanger.
O anúncio do prémio de Química segue-se ao de Física e da Medicina.
O Prémio Nobel da Física 2022 foi atribuído ontem a Alain Asqect, John F. Clauser e Anton Zeilinger pelo seu trabalho em mecânica quântica. O Nobel da Medicina foi atribuído na segunda-feira ao sueco Svante Pääbo pelos seus estudos sobre evolução humana.
Nos próximos dias serão conhecidos os prémios de Literatura, da Paz e da Economia.
Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte da sua fortuna a pessoas que trabalhem por “um mundo melhor”. O prestígio internacional dos prémios Nobel deve-se, em grande parte, às quantias atribuídas, que atualmente chegam aos dez milhões de coroas suecas (mais de 953.000 euros).
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