“Contámos 49 corpos e ainda existem outros que estamos à procura”, disse o diretor da organização não-governamental (ONG) Caritas Bunia, o padre Alfred Ndrabu Buju.
“Uma criança vítima do ataque foi recebida hoje de manhã no Hospital geral de Drodro com uma flecha na cabeça”, precisou o padre católico.
Momentos antes, o ministro do Interior da RC Congo, Henri Mova, tinha confirmado a existência de pelo menos 33 mortos.
O balanço dos confrontos entre as comunidades rivais Hema e Lendu é de “33 pessoas mortas” referiu o ministro, em declarações enviadas via correio eletrotónico à agência francesa France Presse (AFP).
Esta nova vaga de violência intercomunitária ocorreu em Maze, uma aldeia no território de Djugu, a cerca de 80 quilómetros a norte de Bunia, a capital da província de Ituri.
“O governador da província está a caminho, neste momento, do local onde ocorreram as mortes”, disse o ministro congolês.
Segundo vários testemunhos recolhidos pela AFP, os agressores, identificados como alegados membros da comunidade Lendu, atacaram a comunidade rival de Hema.
Estas duas comunidades rivais têm um diferendo sobre questões territoriais, quezília que instalou um clima de violência na província de Ituri.
O balanço de vítimas dos incidentes poderá ser maior, de acordo com as testemunhas citadas pela agência francesa.
“Os atacantes investiram contra a aldeia e envolveram-se numa verdadeira carnificina”, afirmou à AFP Banza Charité, um responsável da sociedade civil local.
A província de Ituri tem sido cenário de violência intercomunitária desde meados de dezembro passado e o balanço global de vítimas mortais já ronda uma centena. Também provocou o deslocamento de cerca de 200 mil pessoas.
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