Militares e um grupo paramilitar rival lutam pelo controlo do país.
Mais de 55 pessoas ficaram feridas no ataque no bairro de Maio, onde as forças paramilitares estavam destacadas, escreveu o Sindicato dos Médicos do Sudão em comunicado. As vítimas foram levadas para o Hospital Universitário de Bashair.
O grupo de ativistas Comités de Resistência publicou imagens nas redes sociais que mostram corpos embrulhados em lençóis brancos num pátio aberto do hospital.
A violência no Sudão decorre desde meados de abril, quando as tensões entre as forças armadas do país, lideradas pelo general Abdel Fattah Burhan, e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, comandadas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, começaram a combater.
Desde então, os confrontos alastraram-se a várias zonas do país, reduzindo Cartum a um campo de batalha urbano.
Na região ocidental do Darfur, palco de uma campanha genocida no início da década de 2000, o conflito transformou-se em violência étnica, com as Forças de Apoio Rápido e as milícias árabes aliadas a atacarem grupos étnicos africanos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas.
O conflito já matou mais de 4.000 pessoas, de acordo com os números do mês de agosto das Nações Unidas. No entanto, os médicos e ativistas afirmam que o número real de mortos é muito superior.
Mais de cinco milhões de pessoas foram deslocadas no Sudão ou fugiram do país para escapar à violência, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
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