O contrato para a construção deste navio ficará a cargo dos estaleiros holandeses Damen e será assinado hoje numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Defesa, Helena Carreiras, e do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo.
Esta Plataforma Naval Multifuncional — cujo conceito foi desenvolvido pelo almirante Henrique Gouveia e Melo — é um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no valor de 94,5 milhões de euros, mas também por verbas estatais correspondentes a 37,5 milhões.
O investimento vai ser feito por fases até 2026.
De acordo com o Ministério da Defesa, o investimento inicial de 94,5 milhões de euros proveniente do PRR teve de ser reforçado, depois de no primeiro concurso, lançado no ano passado, o único candidato qualificado para desenvolver o navio multifunções não ter apresentado qualquer proposta dentro dos prazos, uma vez que o preço base foi considerado pelo mercado como demasiado baixo.
O Navio da República Portuguesa (NRP) D. João II terá tecnologia de ponta que vai permitir a monitorização dos oceanos e investigação oceanográfica bem como o acompanhamento da ecologia marinha.
O navio estará também apto para operações de emergência, vigilância, investigação científica e tecnológica e monitorização ambiental e meteorológica, funcionando como um ‘porta drones’ aéreos, terrestres e submarinos.
Consoante a função a desempenhar, podem ser colocadas nesta plataforma equipas especializadas para determinados períodos de tempo em missões específicas.
Após o primeiro concurso ter ficado sem propostas, foi lançado um segundo concurso internacional com qualificação prévia, e, segundo o Ministério da Defesa, “apresentaram-se a concurso quatro empresas e/ou consórcios e qualificaram-se duas” — sendo que dessas, apenas uma apresentou proposta.
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