Contactado pela agência Lusa pouco depois de ter sido conhecido que o primeiro-ministro propôs ao Presidente da República a sua nomeação para o cargo de secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Tavares Neves prometeu “uma atitude positiva e de encarar os desafios com força, abnegação e determinação”.
“Era um momento em que não podia dizer que não, evidentemente. É um momento honroso para servir o Estado numa situação complicada, complexa”, admitiu, menos de uma semana depois do pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que no domingo provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos.
O futuro tutelar da nova pasta – que foi presidente da Câmara de Arouca entre 2005 a 2017 — destaca o seu “conhecimento de um espaço rural, imenso, com muitas aldeias isoladas, com muitas dificuldades de acesso”.
“E um conhecimento claro do funcionamento das estruturas a nível local e da importância que elas têm para nos ajudar a estruturar uma força de proteção para as pessoas, fundamentalmente. No momento imediato teremos que encarar esse desígnio como o mais importante nesta altura, envolvendo autarcas”, sublinhou.
José Artur Neves garante ter “muita noção” e estar “perfeitamente consciente do trabalho que está pela frente” depois dos incêndios trágicos deste ano e da crise que atravessa o setor da Proteção Civil.
“O desafio é procurar corresponder à confiança que estão em mim a depositar e espero transmitir isso ao país também. Seguramente que iremos ajudar a resolver os problemas e a transmitir confiança ao país”, insistiu.
O cargo de secretário de Estado da Proteção Civil é novo na orgânica do Ministério da Administração Interna, que será tutelado por Eduardo Cabrita, que até agora desempenhou as funções de ministro Adjunto do primeiro-ministro.
Na nova equipa do Ministério da Administração Interna mantém-se Isabel Oneto como secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna e deixa de constar Jorge Gomes, que, nas últimas eleições legislativas foi eleito deputado do PS pelo círculo de Bragança.
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