De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na sexta-feira, o número de hóspedes cifrou-se, em 2018, nos 25,2 milhões e as dormidas 67,7 milhões, o que correspondeu a aumentos de 5,1% e 3,1%, respetivamente, contra crescimentos em 2017 de 12,9% e 10,8%, pela mesma ordem.
Entre 2015 e 2018, “Portugal cresceu 45% em receitas turísticas, 32% em hóspedes, 27,5% em dormidas e 51,2% em proveitos”, sublinhou hoje, em comunicado, o Ministério da Economia.
No que se refere aos hóspedes, as regiões que mais cresceram em três anos foram os Açores (61,7%), o Alentejo (38,9%), o Norte (36,1%) e o Centro (35,3%), “o que significa que o turismo se está a alargar a todo o território”.
Por outro lado, as dormidas nos territórios do interior avançaram 36,8%, entre 2015 e 2018, face a 25,9% nos territórios do litoral.
“Estes resultados mostram que o turismo continua a crescer de forma sustentável, quer em termos de valor, quer a alargar ao longo de todo o território e ao longo do ano”, afirmou, citada no mesmo documento, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.
A governante indicou ainda que, em 2018, Portugal atingiu a taxa de sazonalidade mais baixa de sempre (36%).
“Estamos também a conseguir diversificar mercados, o que nos tem permitido estes resultados. É este o caminho que temos de continuar”, considerou.
Naqueles três anos, o Turismo em Portugal "mudou de forma estrutural. Temos tido a capacidade de captar ligações aéreas para mercados estratégicos, que viajam durante todo o ano" e que também por todo o país, disse Ana Mendes Godinho à Lusa, dando o exemplo dos turistas chineses, americanos, brasileiros ou canadianos.
"Hoje em dia, encontramos as nacionalidades mais inesperadas nos locais mais surpreendentes de Portugal. É fantástico testemunhar esta evolução que já nos levou ao 17.º lugar do ranking da OMT” (Organização Mundial do Turismo), acrescentou.
As receitas turísticas, conforme tinha sido divulgado pelo Banco de Portugal, atingiram no ano passado 16,6 mil milhões de euros, ou seja, mais 9,6% em relação a 2017, enquanto a balança turística avançou 9,7% para 11,9 mil milhões de euros.
De acordo com os dados avançados pelo Governo, desde 2015, alguns mercados mais do que duplicaram ou quase duplicaram o seu peso em Portugal, como a China, que passou de 62 milhões de euros de receitas em 2015 para 153 milhões de euros em 2018 (+147,5%), o Canadá que passou de 174 milhões de euros para 330 milhões de euros no ano passado (+89,5%) ou os Estados Unidos, cujas receitas passaram de 530 milhões de euros para 968 milhões de euros (+82,5%).
No alojamento local, por seu turno, em 2018 registaram-se crescimentos de 14,1% nos hóspedes (quatro milhões) e de 13,9% nas dormidas (9,3 milhões).
No total, esta atividade representa 15,6% do total de hóspedes em Portugal.
Em 2018, os proveitos totais do setor do alojamento atingiram quase quatro mil milhões de euros, uma subida de 8,1% face ao ano anterior.
Adicionalmente, em 2018, Portugal registou 22,8 milhões de entradas de turistas internacionais, uma subida de 25% face a 2016, o que consolida Portugal “como 17.º principal país em termos de turistas no ‘ranking’ da OMT”.
Tendo em conta os 20 primeiros lugares deste ‘ranking’, liderado por Espanha, “Portugal é o país que regista o quinto crescimento mais expressivo de turistas em 2018, acima de destinos como México, Itália ou Espanha”.
Em 16.º lugar na avaliação da OMT está a Rússia, com 24,6 milhões de turistas em 2018, e em 18.º está o Canadá, com 21,1 milhões de turistas.
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