Um estudo publicado pelo Idealista revela que no último trimestre de 2024 a rentabilidade do investimento em imobiliário para arrendar atingiu um dos valores mais altos até agora registados. O resultado obtido equivale à percentagem bruta da rentabilidade que um proprietário de uma casa arrendada tem durante este período.

Assim, o lucro do investimento em imobiliário para arrendar foi de 6,9% , 1,4% mais alto do que em 2021 e 0,4% mais baixo do que em 2023. Esta foi também a altura do ano em que se verificou uma maior aceleração da subida dos preços das casas à venda, resultantes do aumento da procura.

Este ano registou-se ainda o aumento em 7% das rendas, a maior subida em 30 anos, foi sentida em todo o país, mas foi no Norte e na Grande Lisboa onde os inquilinos sofreram mais com o agravamento desta despesa. De acordo com o Idealista, só o aumento das rendas das casas é quase três vezes superior ao valor geral da inflação. 

Paralelamente, em 2023, o número de pessoas em situação de sem-abrigo também aumentou 23% em relação ao ano anterior, com tendência para continuar a aumentar.

Quais as cidades mais rentáveis?

O mesmo estudo analisou 14 capitais de distrito, tendo concluído que Castelo Branco é a cidade mais rentável para a compra de uma casa para investimento, sendo o retorno na ordem dos 9,4%. A seguir na lista de cidades mais lucrativas no mercado de arrendamento está Santarém, com 7,5% de rentabilidade bruta, e Coimbra, com 6,5%. 

Já as cidades com rentabilidade de habitação mais baixa são Lisboa (4,6%), Funchal (5,2%) e Viana do Castelo (5,2%). Lisboa está à frente nas casas para arrendamento com o valor mais alto (21,8 euros por metro quadrado), bem como com o maior preço de venda (5 718 euros por metro quadrado). Segue-se a cidade do Porto e o Funchal. 

O arrendamento de escritórios é a área no mercado com maior taxa de sucesso, atingindo os 9%. Seguem-se as lojas, com 8,4%, e as garagens, com 5,2%.

O risco do negócio vai oscilando de acordo com o retorno dos investimentos. Quanto mais rentável for, também o risco é superior, podendo haver maior dificuldade em arrendar a casa ou de valorizar o imóvel no futuro. Em Lisboa, por exemplo, a procura e a valorização dos edificados justifica o investimento e diminui a possibilidade de prejuízo. 

*Edição por Ana Maria Pimentel