Decorreu, esta manhã, uma conferência de imprensa sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece em Lisboa entre 1 e 6 de agosto, depois de ontem já se terem ficado a saber os principais pontos do plano do Ministério da Saúde.

No encontro de hoje, foram divulgados os pormenores da visita do Papa Francisco a Portugal, que inclui um almoço com jovens de todos os continentes, a ida ao Bairro da Serafina e a peregrinação a Fátima.

Com uma agenda preenchida, o Papa encontrar-se-á com o Presidente da República e também com o primeiro-ministro. Vai participar num encontro com jovens na Universidade Católica Portuguesa no dia 3 de agosto, e também com os jovens de Scholas Occurrentes, criada pelo próprio Papa quando era arcebispo de Buenos Aires, em Cascais.

Já no dia 4, vai acolher alguns jovens em confissão no Parque do Perdão, na Praça do Império, em Belém, e encontrar-se com representantes de alguns centros de assistência socio-caritativa. Ao meio-dia, está planeado um almoço com jovens "representantes dos vários continentes" e, ao fim da tarde, o plano é que presida à Via Sacra no Parque Eduardo VII, "um dos pontos altos" da JMJ.

No dia 5 de agosto, desloca-se à Cova da Iria e, mais tarde, já em Lisboa, terá um encontro privado com membros da Companhia de Jesus, no Colégio de S. João de Brito. À noite, marca presença na Vigília com os jovens, no Parque Tejo.

No último dia da visita, a missa final está marcada para as 9h00, sendo que é nesta celebração que o Papa vai divulgar o próximo país a acolher a JMJ. À tarde, encontra-se com os voluntários, num encontro fechado, e o regresso ao Vaticano está previsto para o início da noite, depois de uma cerimónia de despedida.

O bispo Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ, anunciou que há, no entanto, um programa que "não está no papel": o encontro com vítimas de abusos sexuais em Portugal.

A escolha em não incluir este encontro no programa oficial foi justificada com a defesa da privacidade das vítimas. "Se disséssemos que o Papa vai encontrar-se às x horas em x lugar, algum media não iria resistir à tentação de estar lá para fotografar e filmar e temos de salvaguardar a sua imagem. O encontro vai acontecer”.

Questionado sobre quem tomou a iniciativa, se as vítimas ou a Igreja, o responsável explicou que foi uma união de vontades. "O Santo Padre sempre manifestou esse desejo, assim como nós, em todos os encontros preparativos, sempre manifestámos esse desejo”.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pelo jornalista Manuel Ribeiro

*Com Lusa