"Conhecia vários ataques terrorista todos de trás para a frente” e dizia várias vezes que queria "saber a sensação de matar uma pessoa". Foi assim que vários colegas de escola descreveram ao SAPO24 o jovem de 18 anos, português, com um "perfil discreto e introvertido, que seria um consumidor maciço de informação sobre tiroteios como aqueles que acontecem com frequência em estabelecimentos de ensino nos Estados Unidos" que foi detido esta quinta-feira pela Polícia Judiciária por estar a planear um ataque terrorista contra os colegas de uma faculdade pertencente à Universidade de Lisboa.
Segundo vários meios, a instituição em causa é a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, localizada na cidade universitária da capital.
O SAPO24 sabe que o jovem era natural de uma aldeia do concelho da Batalha, no distrito de Leiria, tendo crescido no seio de uma família humilde. Atualmente estava a residir nos Olivais, em Lisboa, residência essa onde foi detido pela posse de armas ilegais e indiciado pelo crime de terrorismo. O alerta foi dado pelo FBI, que detetou “conversas em chats nas quais intervinha o jovem português, onde este anunciava a intenção que tinha de cometer um atentado em Portugal”, que deveria acontecer esta sexta-feira, relata a CNN.
O Correio da Manhã conta que o jovem era vítima de bullying, ao passo que a CNN Portugal refere que o rapaz era “extremamente inteligente”, mas “bastante reservado”.
Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e vasta documentação, “além de um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear”. O Observador diz que o estudante teria bestas na residência, o DN diz que este estava na posse de catanas, armas brancas e botijas de gás. Já a CNN refere garrafas com gasolina e isqueiros.
Segundo a Lusa, este ataque seria um ato individudal, não estando associado a nenhum grupo e não tendo motivações políticas ou religiosas.
Ainda segunda a agência, esta cooperação entre as polícias dos vários países no combate ao terrorismo tem levado os Estados Unidos, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, a “fazerem um varrimento regular transversal da ‘dark net’ e de ‘sites’ considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas”.
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